sábado, 7 de maio de 2016

[NOVIDADES] HOLDING UP THE UNIVERSE - JENNIFER NIVEN

          A autora de Por Lugares Incríveis, Jennifer Niven, lançará seu novo livro, Holding Up The Universe, dia 06 de outubro (USA). Confira a capa, a sinopse, uma carta aos fãs, as primeiras páginas, algumas perguntas e UMA SURPRESA EXCLUSIVA!



Pré-venda: Amazon.
     "Jennifer Niven sabe que escrever pode ser uma intensa experiência pessoal. Mas a autora por trás de Por Lugares Incríveis também sabe que a leitura pode ser igualmente pessoal - e, enquanto se prepara para o lançamento do seu novo livro, seus pensamentos estão com seus fãs." - Mashable
     HOLDING UP THE UNIVERSE é, de longe, meu lançamento mais aguardado do ano. O motivo disso é a autora: Jennifer Niven, a mesma de Por Lugares Incríveis (meu favorito). Niven escreve de maneira apaixonante, de modo que não se apaixonar pelos seus personagens é uma tarefa difícil. Seu novo livro será publicado dia 06 de outubro de 2016 e já tem capa, sinopse e primeiros capítulos divulgados.
     AVISO: todas as traduções (sinopse, carta, perguntas e trecho) foram feitas livremente por mim. Algumas palavras (marcadas com um *) podem não ter sido a melhor escolha para a frase. Se você tem uma tradução melhor para sugerir, por favor, avise nos comentários. 

Sinopse

Da autora best-seller de Por Lugares Incríveis, vem aí uma emocionante história sobre o significado de ver alguém - e amá-lo - pelo o que ele realmente é.

Todo mundo acha que conhece Libby Strout, a garota apelidada de "Adolescente Mais Gorda da América". Mas ninguém para e olha seu passado para ver quem ela verdadeiramente é. Depois da morte da sua mãe, ela retornou à casa para pegar o que restava, tendo que lidar com seu pai de coração partido e seu próprio sofrimento. Agora, Libby está pronta: para o ensino médio, para novos amigos, para o amor e para CADA POSSIBILIDADE QUE A VIDA OFERECER. Eu quero ser a garota que pode fazer qualquer coisa.

Todo mundo acha que conhece Jack Masselin, também. Sim, ele tem estilo* e também é mestre na arte impossível de dar às pessoas o que elas querem, de se encaixar. O que ninguém sabe é que Jack tem um segredo recente: ele é incapaz de reconhecer rostos. Até seus próprios irmãos são estranhos para ele. Ele é o cara que pode reconstruir e reestruturar qualquer coisa de maneiras novas e interessantes, mas não consegue entender o que está acontecendo dentro do seu cérebro. Então ele diz a si mesmo para ir com calma: Seja encantador. Seja engraçado. Não chegue muito perto de ninguém.

Até que ele conhece Libby.  Quando os dois se enrolam com um jogo da escola - que os leva a um grupo de aconselhamento e serviço comunitário - ficam chateados, e então, surpresos. Quanto mais tempo passam juntos, menos sozinhos eles sentem-se. Porque, algumas vezes, quando você conhece alguém, isso muda o mundo, o seu e o dele.

Jennifer Niven oferece outra história de amor emocionante e hilária sobre encontrar aquela pessoa que vê você pelo o que você é - e vê-la de volta.


     O que vocês acharam da capa? Pessoalmente, achei ainda mais bonita que a de All the Bright Places (em inglês), mesmo ela não sendo tão chamativa. Fiquei curioso para saber o porquê dessa bola (segunda fila, terceira coluna) ser diferente das outras, alguém arrisca?



CARTA AOS FÃS

     Abaixo, uma carta da Jennifer aos fãs compartilhando o que a fez escrever Holding Up The Universe e o que seu suporte significa para ela.

     Querido Leitor,

     Você é querido. Você é necessário. Você é amado.

     Essa é a mensagem que eu estive escrevendo para os leitores de Por Lugares Incríveis desde o lançamento do livro em Janeiro de 2015. Desde então, eu tenho sido procurada por milhares de adolescentes que sentem-se incompreendidos ou sozinhos. Durante um dia particular no outono do ano passado, eu escrevi essa mensagem 141 vezes. 
     Holding Up The Universe é sobre ver e ser visto. Como Por Lugares Incríveis, esse novo livro é uma história pessoal. Ele vem da minha própria perda e do medo e da dor, e ele vem de pessoas que são queridas para mim. Ele vem de mim com doze ou treze anos, quem lutava com seu peso e o bullying que vinha com ele. Da perda do meu pai, que aconteceu apenas meses depois da perda do meu namorado, quando eu me desliguei completamente e não pude deixar a capa porque o mundo estava muito assustador. De ter voltado de volta ao mundo novamente e ter percebido meu lugar nele. E, mais recentemente, ele vem da perda da minha mãe, que era meu sol, e de tentar não se preocupar - todos os dias - que eu iria morrer inesperadamente, sem aviso, da mesma maneira dela.
     Adicionalmente, o livro vem do meu primo de 16 anos, que teve que aprender a reconhecer as pessoas na sua vida, não pelos rostos, mas pelas coisas importantes como "o quão legal elas são e quantas sardas elas têm."
     Mas a história realmente começa com a interação do leitor. Eu escrevi esse livro por Cristine nos Estados Unidos, por Jayvee nas Filipinas, por Steysha na Ucrânia, por Paolo no Brasil, por Steph no UK, por Shubham na Indía, e para todos aqueles como eles. Esses jovens vibrantes, espertos, de corações gigantes que precisam e merecem ser vistos, e que precisam saber que são queridos. Eles são necessários. Eles são amados.

     Com amor,

     Jennifer xx

PRIMEIROS CAPÍTULOS

     Eu não sou uma pessoa de merda, mas estou prestes a fazer uma coisa de merda. E você me vai me odiar, e algumas outras pessoas vão me odiar, mas vou fazer isso da mesma maneira para proteger você e eu também.
     Isso parecerá como uma desculpa, mas eu tenho algo chamado prosopagnosia, o que significa que eu não posso reconhecer rostos, nem mesmo os rostos de pessoas que eu amo. Nem mesmo minha mãe. Nem eu mesmo.
     Imagine andar por um quarto cheio de estranhos, pessoas que não significam nada para você porque você não sabe seus nomes ou histórias. Então, imagine ir para a escolar ou trabalho ou, pior, sua própria casa, onde você deveria conhecer todo mundo, as pessoas lá apenas parecem estranhos também.
     Isso é como é pra mim: eu entro num quarto e não reconheço ninguém. Isso em todos os quartos, todos os locais. Eu entendo pela maneira que uma pessoa anda. Pelos gestos. Pela voz. Pelo cabelo. Eu conheço pessoas por identificadores. Eu digo a mim mesmo, Dusty tem ouvidos que se destacam e um Afro* vermelho-acastanhado, e então eu memorizo esse fato que me ajuda a encontrar meu pequeno irmão, mas eu não posso realmente ter uma imagem dele e de suas grandes orelhas e seu Afro* a menos que ele esteja na minha frente. Lembrar de pessoas é como esse superpoder que todos parecem ter, menos eu.
     Se eu fui oficialmente diagnosticado? Não. E não só porque eu sou supondo que isso está além do piso salarial do Dr. Blume, pediatra da cidade. Não só porque pelos últimos anos meus pais tem mais que suas cotas de merda para lidar comigo. Não só porque é melhor não ser a aberração. Mas porque tem uma parte de mim que espera que não seja verdade. Que possivelmente isso irá passar e ir embora por conta própria. Por enquanto, isso é como eu me viro:
     Acenar/sorrir para todo mundo. Seja encantador.
     Esteja "ligado."
     Seja hilário.
     Seja o centro das atenções, mas não beba. Não arrisque perder o controle (isso acontece demais quando sóbrio).
     Preste atenção.
     Faça o que quer que precise. Seja o lorde do douche*. Qualquer coisa para não ser a presa. Sempre melhor caçar do que ser caçado.
     Eu não estou te falando tudo isso como uma desculpa para o que eu estou prestes a fazer. Mas talvez você possa manter isso em mente. Isso é a única maneira de parar meus amigos de fazer algo pior, e essa é a única maneira de parar esse jogo estúpido. Apenas saiba que eu não quero machucar ninguém. Não é por isso. Apesar de ser essa a coisa que vai acontecer.

     Com os melhores comprimentos, Jack.

P.S.: Você é a única pessoa que sabe o que há de errado comigo.

Prosopagnosia /präsəpaɡˈnōZH(ē)ə/ substantivo: 1. uma inabilidade de reconhecer rostos de pessoas familiares, tipicamente como um resultado de danos no cérebro; 2. quando todo mundo é estranho.

UM DIA ANTES

Libby

     Se um gênio saísse da minha lâmpada de cabeceira, eu desejaria três coisas: minha mãe estar viva, nada de ruim ou triste acontecer de novo, e ser membro da Martin Van Buren High School Damsels, a melhor equipe do estado. 
     Mas e se Damsels não te quiserem?
     São 3:38 da madrugada, e o tempo da noite quando minha mente começa a correr ao redor de tudo selvagemente e fora do controle, como o meu gato, George, quando ele era um gatinho. De repente, lá se vai o meu cérebro, escalando as cortinas. Lá está ele, balançando na estante. Aí está, com sua pata no tanque de peixes e sua cabeça debaixo d'água.
     Eu deito na minha cama, olhando para o escuro, e minha mente salta em toda a sala.
     E se você ficar presa de novo? E se eles tiverem que derrubar a porta cafeteria ou na parede do banheiro para você sair? E se seu pai se casa e, em seguida, ele morre e você é deixada com a nova esposa? E se você morrer? E se não há céu e você nunca verá sua mãe de novo?
     Digo a mim mesmo para dormir.
     Eu fecho meus olhos e deito muito quieta. Muito quieta.
     Por minutos.
     Eu faço a minha mente deitar lá comigo e digo-lhe: Durma, durma, durma.
     E se você chegar à escola e perceber que as coisas são diferentes e as crianças são diferentes, e não importa o quanto você tente, você nunca será capaz de alcançá-los?
     Abro os olhos.
     Meu nome é Libby Strout. Você provavelmente já ouviu falar de mim. Você provavelmente já assistiu ao vídeo meu sendo resgatada de minha própria casa. Na última contagem, 6,345,981 pessoas já assistiram, então há uma boa chance de você ser um deles. Três anos atrás, eu era Adolescente Mais Gorda da América. Eu pesei 296 quilos no meu pico, o que significa que foi de aproximadamente 229 quilos em excesso de peso. Eu nem sempre fui gorda. A versão curta da história é que a minha mãe morreu e eu engordei, mas de alguma forma eu ainda estou aqui. Isto é de modo algum culpa do meu pai.
     Dois meses depois de ter sido resgatada, nos mudamos para um bairro diferente, do outro lado da cidade. Esses dias eu pude sair de casa por conta própria. Eu perdi 136 quilos. O tamanho de duas pessoas inteiras. Eu tenho cerca de 86 à perder, e estou bem com isso. Eu gosto de quem eu sou. Por um lado, posso correr agora. E andar no carro. E comprar roupas no shopping, em vez de encomenda especial delas. E eu posso girar. Além de não ter medo de falência de órgãos, que pode ser a melhor coisa sobre contra o agora então.
     Amanhã é o meu primeiro dia de escola desde a quinta série. Meu novo título será a estudante secundária, o que, admito, soa muito melhor do que a Adolescente Mais Gorda da América. Mas é difícil ser algo quando FICO ASSUSTADA FORA DO MEU MUNDO.
     Espero pelo ataque de pânico por vir.


Jack

     Caroline Lushamp me liga antes do meu alarme desligar, mas eu deixo sua chamada cair na caixa de mensagens. Eu sei que o que quer que seja, isso não vai ser bom e será minha culpa.
     Ela liga três vezes e deixa apenas uma mensagem. Eu quase a deleto sem ouvir, mas e se o carro dela quebrou e ela está com problema? Isso é, apesar de tudo, a garota que eu namorei e separei pelos últimos quatro anos. (Nós somos esse casal. Nesse vai e volta, todos-assumem-que-nós-iremos-sempre-acabar-juntos-como-um-casal.)
      Jack, sou eu. Eu sei que estávamos dando um tempo ou sei lá, mas ela é minha prima. MINHA PRIMA. Tipo, MINHA PRIMA, JACK! Se você quiser voltar comigo por eu ter rompido com você, então parabéns, idiota, você conseguiu. Se você me ver na aula hoje ou nos corredores ou na cafeteria ou EM QUALQUER OUTRO LUGAR DO MUNDO, não fale comigo. Na verdade, faça-me apenas um favor e vá para o inferno.
     Três minutos depois, a prima me liga, e no primeiro momento eu penso que ela está chorando, mas então escuto Caroline no fundo, e a prima começa a gritar e Caroline começa a gritar. Deleto a mensagem.
     Dois minutos depois, Dave Kaminski envia uma mensagem me alertando que o Reed Young quer quebrar minha cara por sair com sua namorada. Eu digito Te devo uma. E realmente devo. Se eu estou contando certo, Kam já me ajudou mais vezes do que eu ajudei ele.
     Toda essa confusão por uma garota que, honestamente, parecia muito com Caroline Lushamp e - à princípio - eu pensei que fosse ela, o que significa que de alguma maneira estranha Caroline deveria estar lisonjeada. É como admitir pro mundo que eu quero voltar com ela mesmo sabendo que ela me deu um fora nas primeiras semanas do verão para então poder sair com Zach Higgins. 
       Eu penso em enviar isso para ela, mas ao invés disso desligo meu celular e fecho meus olhos e vejo se eu não posso me transportar de volta a julho. A única coisa que eu tenho que me preocupar era ir trabalhar, limpar a sucata do local, construir (alucinadamente*) projetos na minha (arrasadora*) oficina, e sair com os meus irmãos. A vida seria muito mais fácil se fosse apenas Jack + sucata + oficina arrasadora* + projetos alucinatórios*.
     Você nunca deveria ter ido para a festa. Você nunca deveria ter bebido. Você sabe que você não é confiável. Evitar álcool. Evitar multidões. Evitar pessoas. Você sempre acaba com elas. 

Libby

     São 6:33 da manhã e eu estou fora da cama e parada em frente ao espelho. Já teve um tempo, um pouco mais de dois anos atrás, quando eu não podia, nem iria olhar para mim mesma. Tudo que eu via eram vários rostos de Moses Hunt, gritando comigo no outro lado do parque: Ninguém nunca vai te amar porque você é gorda! E todos os rostos de todos os outros estudantes da quinta série começaram a rir. Você é tão grande que tapa a lua. Vá para casa, Flabby Stout, vá para o seu quarto.
     ...
     Hoje, na maioria das vezes, eu apenas me vejo - vestido marinho adorável, cabelo castanho comprido médio que minha avó doce porém ligeiramente demente descreveu-o como "a cor exata do gado da montanha." E o reflexo da minha gigante bola de algodão de gato suja. George olha para mim com sábios olhos de ouro e tento imaginar o que ele poderia dizer para mim. Quatro anos atrás, ele foi diagnosticado com insuficiência cardíaca e dado seis meses de vida. Mas eu o conheço bem o suficiente para saber que só George irá decidir quando é hora de George para ir. Ele pisca para mim.
     Neste momento, eu penso que ele faria para eu respirar. Então eu respiro.
     Eu fiquei muito boa em respirar.
     Eu olho para as minhas mãos e eles são estáveis, mesmo que as unhas estejam ligeiramente roídas, e, estranhamente, me sinto muito calma, apesar disso. Eu percebo: o ataque de pânico nunca veio. Isso é algo para comemorar, então coloco um dos álbuns antigos da minha mãe e danço. A dança é o que eu mais amo e a dança é o que eu pretendo fazer com a minha vida. Eu não tenho tido aulas desde que eu tinha dez anos, mas a dança está em mim, e não há falta de treinamento pode fazer isso desaparecer. 

     Digo a mim mesma, Talvez este ano você pode experimentar para os Damsels
     Meu cérebro vai ampliando-se* na parede, onde ele trava, tremendo. E se isso nunca acontecer? E se você morrer antes de qualquer coisa boa ou maravilhosa ou incrível acontecer com você? Durante os últimos dois anos e meio, a única coisa que eu tinha que me preocupar tem sido a minha sobrevivência. O foco de cada pessoa na minha vida, inclusive o meu, tem sido: Só precisamos deixá-la melhor. E agora estou melhor. Então, e se eu deixá-los chateados depois de todo o tempo e energia que investiram em mim?
     Eu danço mais para empurrar os pensamentos para fora até que meu pai bate na porta. Sua cabeça aparece. 
     - Você sabe que eu adoro um boa música do Pat Benatar como a primeira coisa na parte da manhã, mas a questão é: como é que os vizinhos se sentem?
     Eu baixo um pouco o volume, mas continuo em movimento. Quando a música acaba, eu encontro um marcador e decoro um sapato. Contanto que você viva, há sempre algo à espera; e até mesmo se for ruim, e você sabe que é ruim, o que você pode fazer? Você não pode parar de viver. (Truman Capote, In Cold Blood.) Então eu pego o batom minha avó me deu no meu aniversário, me viro para o espelho, e pinto os meus lábios de vermelhos.

Jack

     Ouço o chuveiro ligado e vozes no andar de baixo. Eu puxo o travesseiro sobre minha cara, mas é tarde demais, estou acordado.
     Ligo meu celular e envio uma mensagem primeiro para Caroline, em seguida, Kam, então Reed Young. A coisa que eu digo a todos eles é que eu estava muito bêbado (um exagero) e estava muito escuro (era mesmo) e eu não me lembro de nada que aconteceu porque eu não estava apenas bêbado, estava chateado. Algumas coisas ruins estão acontecendo em casa e eu não posso falar agora, então se você puder me suportar e encontrar um local no seu coração para me perdoar, estarei para sempre em dívida com você. A parte de que está acontecendo merda em casa é completamente verdadeira.
     Para Caroline, eu mando uns elogios e peço-lhe para pedir desculpas por gentileza a sua prima por mim. Digo isso porque eu não quero entrar em contato com ela diretamente, já fiz uma confusão de coisas e não quero fazer mais nada que piore as coisas entre Caroline e eu. Mesmo que Caroline seja a única que terminou comigo, e mesmo que estamos atualmente em uma fase ruim de novo, e mesmo que eu não a vejo desde junho, eu basicamente me humilho e, em seguida, jogo isso por todo o meu celular. Este é o preço que eu pago por tentar manter todos felizes.
     Eu me arrasto pelo corredor até o banheiro. A coisa que eu mais preciso neste mundo é de um longo banho quente, mas o que eu recebo em vez disso é uma corrente de água morna seguida por uma rajada de frio islandês. Sessenta segundos depois, porque isso é tudo que eu posso suportar, saio, me seco e paro em frente ao espelho.
    Então este sou eu.
     Eu penso isso cada vez que vejo meu reflexo. Não tipo Wow, esse sou eu, mas mais como
     Hã. OK. O que temos aqui? Eu me inclino, tentando colocar as peças do meu rosto juntas.
     O menino no espelho não é feio - grandes maçãs do rosto, mandíbula forte, uma boca que está atrelada a um canto como se ele apenas cansou de contar uma piada. O mais próximo da beleza. A maneira como ele inclina a cabeça para trás e olha para fora através de pálpebras semi-aberta faz parecer que ele está acostumado a olhar todos para baixo, como ele fosse inteligente e soubesse disso, e então o que me vem é que ele realmente se parece como um idiota . Exceto pelos próprios olhos. Eles são muito sérios e há círculos sob eles, como se ele não tem dormido. Ele está vestindo a mesma camisa do Superman que eu tenho usado durante todo o verão.
     O que essa boca (largos como o da mamãe) quer com este nariz (largos como o da mamãe) e esses olhos (marrons salpicado com verde)? Minhas sobrancelhas são mais escuras do que meu cabelo, mas elas não são tão escuras como papai. Minha pele é um tipo de cor castanho médio, não marrom profundo como a da mamãe, e não branca como a do papai.
     A outra coisa que não corresponde aqui é o cabelo. Essa enorme juba de leão Afro que parece como se fosse permitido ela fazer o que ela quiser. Se ele é como eu, o menino no espelho calcula tudo. Mesmo este cabelo que não pode ser contido, ele cresceu por uma razão. Assim, ele pode encontrar a si mesmo.
     Algo sobre a forma como esses recursos somam é a forma como as pessoas se encontram uns aos outros no mundo. Algo sobre a combinação torná-los dizer, aí está Jack Masselin.
     "Qual é o seu identificador?" Eu digo ao meu reflexo, e eu quero dizer o identificador real, não este leão gigante afro. Eu estou tendo um momento sério certo, mas então eu ouvi uma risada distinta, e um grande, magro borrão vai passando. Esse seria meu irmão Marcus.
      "Meu nome é Jack e eu sou tão bonito", ele canta todo o caminho pelas escadas.

XX

Extraído de HOLDING UP THE UNIVERSE por Jennifer Niven. Copyright 2016 por Jennifer Niven. Publicado nos Estados Unidos por Alfred. A Knopf, um selo do Random House Children's Books, uma divisão da Penguin Random House LLC, New York.



ALGUMAS PERGUNTAS PARA JENNIFER NIVEN

As perguntas e respostas foram publicadas no Reddit.

     Paginou: Qual a maior diferença entre escrever Holding Up The Universe e Por Lugares Incríveis?
     Jennifer Niven: Acho que a maior diferença para mim que dificultou, à princípio, foi ficar sozinha com Holding Up The Universe. Tipo, escrevi Por Lugares Incríveis sem nenhuma expectativa. Ninguém nem mesmo sabia que eu estava escrevendo um livro no momento. Mas quando escrevi HUTU, eu estava em tour com PLI e falando sobre PLI e ainda vivendo no mundo de PLI, então acho que foi muito difícil entrar no universo de HUTU e ficar lá. Outra coisa que foi diferente é que, enquanto PLI foi muito pessoal, era mais sobre Finch e o menino que amei do que sobre mim. Mas em HUTU, eu me sinto muito exposta porque eu dei a Libby muitos medos, ansiedades e experiências, bem como a morte da minha mãe, que eu escrevi na história de Libby. Dessa forma, HUTU faz me sentir ainda mais exposta. 

     Kuroneko-sama: Qual foi o personagem mais desafiador de escrever em Holding Up The Universe?
     Jennifer Niven: Acho que o personagem mais desafiador em HUTU foi Jack, simplesmente porque eu precisa entrar na cabeça dele e tentar entender prosopagnosia, a condição que ele está lidando. Eu tenho parentes que tem prosopagnosia e um amigo também, eu perguntei a eles várias questões sobre suas experiências. Eu também falei com experts na pesquisa da prosopagnosia, incluindo Brad Duchaine, quem comanda o Prosopagnosia Research Center (e de quem veio o livro). Mas ainda está sendo muito difícil ver o mundo pelos olhos de Jack. Eu terminei de escrevê-lo com um total novo entendimento do que é cegueira facial, e um dos meus leitores BETA tinha um amigo com prosopagnosia, que leu cada linha para ter certeza de que o que aconteceu era possível. 


GRANDE SURPRESA

     A editora Seguinte, selo da Companhia das Letras, responsável pela publicação de Por Lugares Incríveis no Brasil, publicará no final do ano o livro Holding Up The Universe! Ainda não sabemos se o lançamento será simultâneo (é possível, visto que a editora tem histórico de lançar livros simultaneamente). E, para quem ainda não sabe, a Jennifer vem ao Brasil na Bienal de São Paulo. Aguardem mais informações!

5 comentários:

  1. Olá, Fredo!
    Socorro que postagem MARAVILHOSA *0* A capa do novo livro está incrível! A simplicidade também me conquistou. Também estou com dúvidas do porque aquela bolinha é diferente das outras haha Jennifer melhor pessoa <3 Com essa carta linda e esses primeiros capítulos já quero pra ontem! Amém que a Editora Seguinte irá lançar ahhhh uhu \o/ Quero! Amei o Jake <3 haha
    Beijos, Garota Vermelha
    www.livrosdagarotavermelha.wordpress.com

    ResponderExcluir
  2. Oi Fredo!
    Que curiosidade em saber a relação da capa com a história! Ela é simples, mas me agradou!!
    Fiquei encantada com o fato da autora ler as mensagens dos fãs e pensar neles ao escrever o livro. Vamos aguardar o lançamento no fim do ano!!!
    Beijos,

    versosenotas.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  3. Oi, Frêdo!
    Adorei sua volta e o que você trouxe com ela. O Layout está lindo e a autora certamente se sentiria lisonjeada pela homenagem. Para ser extremamente sincero, esse livro me despertou mais interesse e empolgação do que o anterior, Por Lugares incríveis. Achei a capa maravilhosa, viu!

    Obrigado pelas noticias e traduções.

    Abraço forte.
    =)
    Diego, Blog Vida & Letras
    http://www.blogvidaeletras.blogspot.com

    ~ Participe do concurso cultural em comemoração ao aniversário do blog e concorra a um KIt com 5 títulos de livros:
    goo.gl/bk9DeX

    ResponderExcluir
  4. Oii, Fredo!
    Que livro maravilhoso *-* Já estou ansiando por ele e espero que realmente seja um lançamento simultâneo. Pena que a bienal vai ser antes do lançamento, né? Parabéns pela dedicação e pelas traduções! Fico no aguardo de mais informações <3
    Abraço!
    apenasumaleitura.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  5. Nossa! Amei sua página! Eu também sou apaixonada pelo Livro Por Lugares Incríveis, que também é meu livro FAVORITO! Estou super ansiosa para esse lançamento da Niven.

    ResponderExcluir